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O caso Dreyfus (ver detalhes)

O caso Dreyfus (ver detalhes)

O caso Dreyfus

Esse é bem um exemplo de enorme injustiça para a qual muito concorreu a irresponsabilidade de uma perícia gráfica leviana.

Em setembro de 1894, Marie Bastian, espiã francesa que trabalhava na embaixada alemã, em Paris, disfarçada de faxineira, descobriu uma carta suspeita  no cesto de lixo do adido militar alemão e entregou-a ao serviço secreto do exército francês, que logo concluiu  que havia um traidor entre seus oficiais.

Em outubro o oficial da artilharia, ALFRED DREYFUS,  de origem judaica, foi preso e em dezembro foi condenado à prisão perpétua na Ilha do Diabo. No mês seguinte passou pela degradante cerimônia de expulsão do exército.

Um oficial do exército francês, PICQUART descobriu que o traidor era outro oficial, de nome CHARLES FERDINAND WALSIN ESTERHAZY, que foi levado a julgamento, sendo logo absolvido porque os juízes militares não queriam admitir que o Exército francês tivesse cometido um erro de julgamento.

Indignado, Émile Zolà publicou no jornal L´Aurore, em 13/1/1898, um artigo intitulado  “J´accuse”, acusando a farsa do julgamento de Dreyfus, e apontando dentre outros culpados os peritos que tinham elaborado o relatório que isentava ESTERHAZY de responsabilidade (“Eu acuso os três peritos em escrituras, os Senhores Belhomme, Varinard e Couard, de terem feito relatórios mentirosos e fraudulentos, a não ser que um exame médico os declare portadores de uma doença da vista e do julgamento.”)

Em consequência, Zola foi condenado a um ano de prisão e 3.000 francos de multa. Em junho de 1899 é anulado o julgamento de Dreyfus, que, submetido a novo Conselho de Guerra, continuou sendo considerado traidor, tendo sua pena reduzida para dez anos de prisão, mas, recebe anistia em setembro desse mesmo ano, deixando a prisão.

Somente em julho de 1906,Dreyfus foi reabilitado com honras, mas Zolá não pôde celebrar o resultado de seu esforço, pois morrera em 1902.

A reabilitação de Dreyfus não se deu em consequência de revisão da perícia oficial e sim da investigação do Tenente Cel. Picquart, chefe da contraespionagem francesa. Tal como Zola e o dono do jornal Aurora, ele também sofreu pressão por parte do exército francês, vindo a ser encarcerado e licenciado do exército. Entretanto, mais tarde, foi nomeado ministro da Defesa e só então logrou fazer com que fosse reconhecida a verdade.

O traidor ESTERHAZY, nessa época estava residindo em Londres, para onde fugira após ser expulso do exército por fraudes. Em 18/7/1899 o jornal LE MATIN publicou uma carta dele confessando ter sido o autor do escrito e justificando que o fizera a mando de seus superiores. Morreu em 1923, sem jamais ter sido condenado.

Dreyfus faleceu em  Paris, no ano de 1935.

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